sábado, 29 de novembro de 2008

Podcast - Antonia de Freitas

Por Henrique Mendes

Ouça aqui a engenheira Antonia de Freitas, que explica como surgiu o conceito de construções inteligentes e revela o projeto do prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, de construir casas populares auto-sustentáveis.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A casa auto-sustentável

Por Karine Pieruccini

A poluição, o aquecimento global fazem com que cada vez mais pessoas se preocupem com os efeitos que causamos na natureza e procurem formas diferentes para diminuir ao máximo a destruição do meio ambiente. Estamos nos tornando mais conscientes de nossos deveres e de que todas as nossas ações irão repercutir no futuro, quer dizer, no presente, pois já começamos a senti-las hoje. Esta preocupação está tão recorrente que até o cinema já abordou o assunto, como no filme de M. Night Shyamalan, “Fim dos Tempos”, que mostra claramente os efeitos nocivos das ações humanas na natureza.

E para que haja realmente uma mudança na mentalidade de todos nós, nada melhor do que começar com o básico, ou seja, com a nossa casa. O que cada um pode fazer para preservar o meio-ambiente de dentro de casa? Ou melhor, antes mesmo de habitar, como construir uma casa sustentável?

Segundo o Instituto para Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea), a construção civil é o setor que mais consome matérias-primas e recursos naturais do planeta. O coordenador do Instituto, Marcio Augusto Araújo, diz que são lançados na atmosfera cerca de 9 toneladas de CO2. Tudo isso para a construção de uma casa popular de 40 a 50 m2. “Isso é um absurdo. Para se ter idéia, uma área de 1 hectare ( 10 mil m2) de mata atlântica absorve o equivalente a 3,85 toneladas de CO2 por ano” , revela.
Foto: Revista Casa e Construção

Mas o que é uma construção sustentável, afinal? É uma construção que se preocupa com o meio ambiente e a saúde, que associa edificar e habitar. Ou seja, a obra deve ter vida longa útil e usar somente materiais que, mesmo se houver demolição, não agridam o meio ambiente e que possam ser reciclados ou reutilizados.

Foto: Revista Casa e Construção
Casa feita com madeira retirada do próprio loteamento.
Os vidros e alguns revestimentos foram aproveitados
de uma antiga reforma

O projeto deve explorar toda a potencialidade do sol, a umidade, o vento, a vegetação, pois os recursos naturais geram bem-estar aos moradores, além de poupar água e petróleo, que são componentes não renováveis.

A água e a eficiência energética são também fatores de extrema importância em um imóvel ecológico.

Foto: Revista Casa e Construção
Ilustração de uma casa preparada para a reutilização de água

Segundo Marcio, como esse tipo de projeto ainda é novidade, o mercado não conta ainda com mão-de-obra especializada e desconhece tecnologias e materiais apropriados: “Devido a esses fatores, uma construção verde pode ficar até 30% mais cara do que uma obra convencional”, calcula.

É importante lembrar que há diferenças entre casas sustentáveis e ecológicas. Enquanto nas sustentáveis são permitidas construções urbanas, nas ecológicas o projeto precisa se relacionar com o verde, necessariamente. Em ambos os casos, a tecnologia trabalha a favor da natureza, possibilitando a criação de materiais ecológicos e sistemas inteligentes. Como exemplo disto, podemos ressaltar o uso da água da chuva para a irrigação dos jardins, e o sol, para a energia da casa. Essas construções são chamadas de “green buildings”, pois empregam alta tecnologia para reduzir os impactos negativos causados no meio ambiente. Vale lembrar que esses empreendimentos são submetidos a protocolos internacionais de certificação que atestam seu desempenho.

Apesar de todas as melhoras e os esforços para preservar ao máximo a natureza, seria errado afirmar que exista uma casa 100% ecológica. Abrir mão de todos os materiais que são agressivos ao meio ambiente é extremamente difícil. O arquiteto José Augusto Conceição diz que, mesmo em uma casa de madeira reflorestada, é inevitável usar o prego, que vem de uma fundição. Ele afirma ainda, que não basta ser apenas uma construção ecológica, mas que o seu morador também tem de colaborar: “Para se ter uma casa 100% correta do ponto de vista ecológico, o morador não poderia sequer chegar nela com um carro movido à gasolina”, diz José.

Os chamados ecoprodutos, que são produtos que podem ser reutilizados ou reciclados, estão sendo fabricados em larga escala, de acordo com as normas e legislações vigentes. Isso faz com que cada vez mais lojas disponham em suas prateleiras destes produtos, possibilitando maior acesso aos seus consumidores. Apesar dos esforços dos fabricantes e setores ligados aos ecoprodutos, o mercado ainda é bastante resistente, já que esses produtos tendem a ser de 5% a 15% mais caros que os tradicionais. A falta de informação e divulgação quanto à aplicação e da conseqüente necessidade de mão-de-obra especializada são outros fatores determinantes.

Para quem se interessou pelos ecoprodutos, o coordenador do Instituto Idhea, Márcio, diz que é preciso ter calma antes de adquirir qualquer produto. Ele aconselha que o consumidor faça uma extensa pesquisa, já que muitas vezes o produto carrega o rótulo de verde, mas na verdade não é.

"A auto-certificação é um dos principais inimigos do mercado verde, já que esse rótulo não é uma garantia de qualidade do produto", explica.

Para tentar evitar esse problema, o Idhea lançou o Selo Ecológico Falcão Bauer, desenvolvido em parceria com o Instituto Falcão Bauer da Qualidade. Este selo atesta, de forma científica, para o consumidor, que os produtos são, de fato, sustentáveis.

A arquiteta Flavia Ralston recomenda que antes de pensar em construir uma casa ecológica ou não, é necessário escolher o terreno com bastante cuidado. É bom ficar atento também com a incidência de sol na área. De acordo com a arquiteta, o melhor terreno é o que está na posição norte/leste, pois oferece conforto técnico e ambiental. Os piores estão localizados nas áreas sul e oeste.

Apesar dos benefícios ao meio-ambiente destas construções, elas ainda não estão acessíveis a grande parte da população, já que seus valores são bem mais altos do que as construções convencionais. Mesmo que você não possa ainda ter uma casa auto-sustentável, comece as mudanças aos poucos, como desligar a torneira quando está escovando os dentes, abrir a geladeira quando souber o que vai pegar, evitar ligar o ar-condicionado todos os dias, apagar as luzes dos ambientes quando sair, enfim, se cada um fizer a sua parte, com certeza sentiremos melhoras daqui a diante.

domingo, 16 de novembro de 2008

Construção sustentável

Por Juliana Alvim

Construir uma casa sempre traz à mente a idéia de desperdício de materiais que poderiam ser melhor aproveitados ou que poderiam até mesmo servir de material para outras obras. Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2002, estabelece que resíduos de obras da construção civil devem ser reutilizados para diminuir os impactos do lixo gerado sobre o meio ambiente. Restos de casas demolidas podem ser reciclados e substituírem a areia para concreto em novas obras, economizando material e dinheiro e reduzindo o desperdício.

Foto: Téchne - IPT
Tijolo de solo-cimento, feito com resíduo de construção

O processo de reaproveitamento de resíduos de obras gera uma gama de materiais que podem ser utilizados tanto em obras públicas quanto em construções privadas. O entulho pode se transformar em argamassa, blocos de concreto, ladrilhos, contrapiso, base para rodovias e tijolos de solo-cimento. Os resíduos são separados em quatro categorias:

Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

Esses resíduos deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados às áreas de aterro de resíduos da construção civil, para utilização ou reciclagem futura;

Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros. Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário.

Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso. Devem ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com normas técnicas especificas.

Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros. Esses resíduos deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

Foto: Casa.com.br
Parede pintada com tinta fabricada com terra

Mas construir uma casa sustentável não é somente saber como se desfazer de resíduos. Também é possível utilizar materiais que não agridam o ambiente, como telhas e forros feitas de materiais recicláveis, tijolos modulares, feitos de terra prensada, um processo que prescinde de queima; madeiras “plásticas”, feitas de garrafas PET recicladas e fibras vegetais, tintas feitas de terra, que não levam metais na composição e deixam a parede “respirar”, o que evita problemas de umidade; e madeiras certificadas, provenientes de florestas exploradas de forma sustentável e que podem ser utilizadas também na fabricação de móveis.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Energia sustentável

Por Neide Dias

“O caminho da sustentabilidade exige cuidado, pois acaba sendo usado apenas como marketing”, diz o arquiteto e engenheiro Ruy Rezende. O seu projeto recém concluído na Cidade Nova, no Rio de Janeiro e alugado à Petrobras ganhou o V Grande Prêmio de Arquitetura Coorporativa, considerado o mais importante da América Latina, na categoria Predial.

Foto: Simone Fernandes
Placas coletoras de energia solar são utilizadas em residências

O uso de clarabóias e o sistema duplo de pele de vidro com baixa emissão de calor – forma um grande bolsão de ar – que minimiza o aquecimento interno, conseqüentemente, economizando o ar condicional, principal vilão de alto consumo de energia.

O vidro usado também, como parede de alvenaria externa proporciona iluminação natural durante o dia – são recursos para obtenção de luz natural durante o dia, economizando energia elétrica.

O Sol é fonte de energia renovável, tanto como fonte de calor, quanto de luz, é uma das energias mais promissoras para enfrentamento dos desafios do novo milênio. Além de abundante e permanente, não polui e nem prejudica o ecossistema. No Brasil, onde se encontram bons índices de insolação em qualquer território, este tipo de energia soma características positivas e vantajosas. O Sol irradia anualmente o equivalente a 10.000 vezes a energia consumida pela população mundial neste mesmo período – a potência é medida pela unidade de quilowatt. Ele emite energia em todas as direções; um pouco desta energia é desprendida, mas mesmo assim, a Terra recebe mais de 1.500 quatrilhões de quilowatts-hora de potência/ano.

Na Energia Solar Fototérmica existe vários tipos de coletores, entretanto, os coletores solares planos são largamente utilizados para aquecimento de água em residências, devido ao conforto proporcionado e à redução do consumo de energia elétrica.

Foto: Blog Revista Época
Painéis fotovoltáicos, que convertem energia solar em eletricidade

O Brasil tem uma proposta em curso para aplicação e adaptação de um modelo físico alemão, utilizando imagens de satélites que estarão representados por mapas mensais contendo valores pontuais da radiação global.

A arquitetura vem buscando harmonizar as concentrações ao clima e características locais – é a adoção de soluções urbanísticas adaptadas às condições específicas (clima e hábitos de consumo) de cada lugar. Também busca, ainda, o aproveitamento do calor proveniente do Sol, adequando-o com isolantes ou não, conforme as condições climáticas, para paredes, circulação de ar e de água, iluminação, conservação de alimentos entre outros, com o uso de matérias de conteúdo energético tão baixo quanto possível.

Energia Solar Fotovoltaica é a da conversão direta da luz em eletricidade. O efeito fotovoltaico é percebido através da diferença de potenciais nos extremos de um material semicondutor. A célula fotovoltaica é a unidade fundamental do processo de conversão.No Brasil, por exemplo, 15% da população não possuem acesso à energia elétrica. O atendimento a essa parte de brasileiros se torna difícil, pois vive em núcleos populacionais esparsos, típicos das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Observa-se nos grandes centros urbanos, como na capital paulista e na cidade do Rio de Janeiro a utilização deste meio de geração de energia em projetos arquitetônicos prediais de grande porte ou residenciais para as classes A e B. O caminho vai ser longo até se chegar a uma utilização considerável de energia sustentável em ambientes residências.

A indústria de eletro-eletrônicos já produz aparelhos de consumo mais baixo e o mercado busca lançamentos mais eficientes para uso doméstico, diminuindo o consumo de energia elétrica e protegendo o meio ambiente.

Algumas vantagens são indiscutivelmente sabidas: menores custos operacionais beneficiam os usuários com menores contas de luz e custos de manutenção; aumento de confiabilidade, reduzindo curto-circuito; maior tempo de vida para os produtos etc.

domingo, 2 de novembro de 2008

Reduzir, reutilizar... RECICLAR

Por Carolina Rodrigues

Antes de se falar da importância da reciclagem, não podemos nos esquecer dos 3 Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar — dos quais o mais importante é Reduzir. Reduzir a quantidade de lixo gerado, reduzir o desperdício, reduzir o consumo de matérias-primas virgens, reduzir o consumo de supérfluos. Longe dessa perspectiva de redução, qualquer ação em busca da sustentabilidade é paliativa e equivocada. O conceito de sustentabilidade busca um modelo de desenvolvimento que garanta para as futuras gerações um planeta Terra em condições pelo menos tão boas quanto as que se tem hoje. Daí a importância de uma mudança de hábitos de consumo e do modelo de produção.

Recicláveis são todos aqueles resíduos que têm destinação alternativa ao lixão ou aterro sanitário, ou seja, ao sistema não seletivo de coleta de lixo municipal. A produção de bens a partir da matéria-prima reciclável utiliza menos energia, menos matéria-prima virgem e reduz os custos de disposição final, já que o material reciclável retornou para a cadeia produtiva antes de ser misturado com o lixo comum e enterrado em um aterro sanitário ou deixado em um lixão a céu aberto.

Os aterros sanitários têm operação e construção bastante caras sendo, portanto, imperativo desviar do destino final nessas instalações a maior parte possível dos resíduos urbanos, ou seja, desviar do destino em aterros todos os recicláveis e reaproveitáveis, aumentando assim a vida útil desses aterros e aproveitando, dessa forma, os investimentos de implantação e os custos de operação, além de diminuir a geração do metano. Viver sem aterros sanitários será impossível, já que sempre haverá uma parcela dos resíduos gerados que não se recicla. Ainda mais se for considerada a tendência da sociedade em rejeitar alternativas de aproveitamento energético a partir da queima, vistos os riscos de emissão atmosférica.

Foto: Ezine.com

Latas de lixo para coleta seletiva

O único tratamento de lixo realmente sustentável é a separação na fonte. Aterro sanitário, coleta seletiva e reciclagem são sistemas de apoio ao programa de separação na fonte. São imprescindíveis. A separação na fonte, porém, é o principal, pois é onde tudo começa.A coleta seletiva é a coleta dos materiais recicláveis previamente separados na fonte geradora. A coleta multisseletiva é a que contempla a separação dos materiais por tipo (uma lixeira para os plásticos, outra para os metais, outra para os vidros e outra para o papel e papelão) já na fonte geradora. Os materiais coletados de maneira seletiva (todos os recicláveis juntos) serão separados preferencialmente em uma cooperativa de catadores, contemplando assim não só o aspecto ambiental, mas o social também com a geração de trabalho e renda. Nesse local, os materiais serão separados por tipo e cor, embrulhada, estocada e comercializada pelos atravessadores que as venderão para as indústrias que consomem matéria-prima reciclável.

O encadeamento desta cadeia produtiva pode ser desenhado assim: “consumo - geração de resíduos – coleta seletiva informal realizada pelos catadores ou sistemas organizados pelo município com ou sem a inclusão do catador – pequeno atravessador – atravessador médio – grande atravessador – indústria”. Ou mais sinteticamente: “consumidor – catador – atravessadores – indústria”, que retorna o produto para o consumidor, fechando o ciclo da reciclagem.

Ainda é preciso, porém, aumentar o consumo dos recicláveis pelas indústrias, em substituição às matérias-primas virgens. E uma forma de fazer isso é procurar difundir o valor e a importância do reciclado junto aos consumidores e formadores de opinião, de maneira a se criarem novos mercados e a aquecer esta cadeia produtiva mais socialmente justa e ambientalmente sustentável.

Chuva: Use e Abuse

Por Simone Fernandes

No dia 22 de março comemora-se o Dia Mundial da Água. O Planeta Terra, quando visto do espaço, assemelha-se a uma grande esfera azul, graças à grande quantidade de água existente em sua superfície.

Devido ao crescimento desenfreado da urbanização e da industrialização dos grandes centros, os lagos e rios e seus afluentes sofrem com a poluição, a redução dos mananciais e com o aquecimento global. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), apenas 3% de toda a água terrestre é própria para consumo e somente 0,25% não está congelada.

O consumo desenfreado na indústria e na agricultura (que, de acordo com a ONU, consome cerca de 70% da água disponível no planeta) faz com que a utilização direta da água pelos humanos fique ameaçada - a entidade afirma que, atualmente, 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso a água potável e 5 milhões morrem anualmente devido a contaminação da água para uso humano.

Para tentar amenizar o problema da falta de água, várias soluções vêem sendo colocadas em prática. Entre elas podemos citar o aproveitamento das águas da chuva. Embora a água da chuva não seja considerada um recurso limpo ou potável - pois, normalmente, ela escoa pelos telhados e calhas, carregando todas as impurezas do caminho - uma pesquisa da Universidade da Malásia deixou claro que, após o início da chuva, somente as primeiras águas carregariam ácidos, microorganismos, e outros poluentes atmosféricos e, em pouco tempo, o líquido já adquire características de água destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados.

Foto: Simone Fernandes

Caixa de coleta de água de chuva

Proprietários de imóveis, arquitetos e designers têm buscado soluções cada vez mais viáveis para a sustentabilidade de residências e estabelecimentos comerciais. Regar as plantas, lavar o quintal, abastecer as torneiras preservando o meio ambiente utilizando um recurso natural cada vez mais escasso como as águas das chuvas envolve economia financeira e natural.

As pessoas mais lúcidas de nossa população já fazem uma boa economia dentro de casa com as orientações sugeridas, tais como:

- Fechar torneiras enquanto escovam os dentes, fazem a barba, ensaboam a louça etc.;

- Não usar mangueira para lavar pisos, calçadas, automóveis etc.;

- Trocar as válvulas de descargas por caixas acopladas ao vaso sanitário com limitador de volume por descarga;

- Diminuir o tempo no banho.

O sistema de aproveitamento de água da chuva é uma medida inteligente e eficaz. A água da chuva coletada através de calhas, condutores verticais e horizontais é armazenada em reservatório, podendo ser de diferentes materiais. A água armazenada deverá ser utilizada somente para consumo não potável, como em bacias sanitárias, em torneiras de jardim, para lavagem de veículos e para lavagem de roupas.

Foto: Simone Fernandes
Telha com calha condutora interna para recolhimento de água pluvial

O custo do processo de captação de água varia entre R$ 3 mil e R$ 8 mil, para um imóvel de aproximadamente 200 metros quadrados. O retorno pode ser obtido num prazo de três a oito anos. O reservatório deve estar protegido de a luz solar, para evitar a formação de fungos e algas. Também deve ser higienizado constantemente através da filtragem para a retirada de detritos.